
Notícias
O programa Inova Fiocruz, da Fundação Oswaldo Cruz, impulsionou o desenvolvimento de ferramenta aberta para monitorar em período real o marketing digital dos substitutos do leite materno em plataformas digitais. Um protótipo da ferramenta foi apresentado em um evento paralelo da 78ª Assembleia Mundial da bem-estar (AMS) da Organização Mundial da bem-estar (OMS), em Genebra, nesta quarta-feira (21), com a presença de autoridades nacionais e internacionais.


Segundo o pesquisador Cristiano Boccolini, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica da Fiocruz, que desenvolve a ferramenta, alguns países estão adotando ferramentas pagas e não customizadas, feitas por empresas que oferecem o serviço por meio de cobrança anual, que são "uma caixa preta".
Notícias relacionadas:
“O diferencial da ferramenta da Fiocruz é que é programada em código aberto e é gratuita. O usuário tem controle do processo do monitoramento, permitindo, acesso completo a todo o processo. É uma ferramenta que varre tanto os sites comerciais quanto as mídias sociais, anúncios pagos, os dark posts, entre outras coisas”, explicou Boccolini.
Para o pesquisador, quem usar a ferramenta da Fiocruz terá controle e conhecimento de todas as informações do monitoramento, bem como o gerenciamento das bases de dados. "É um significativa avanço para a bem-estar pública, já que mais à frente poderá ser usada para monitorar propaganda de álcool, tabaco, cigarro eletrônico, refrigerante e outros bens."
O autoridade da bem-estar, Alexandre Padilha, presente ao evento, lembrou que hoje (21) é o Dia Mundial de Proteção ao Aleitamento Materno. Ele saudou a contribuição da fundação.
“Reconheço a fundamental atuação do líder nacional da Fiocruz, Mario Moreira, e a dedicação de pesquisadores e trabalhadores da instituição na discussão sobre o tema. Temos muito orgulho da contribuição da Fiocruz para a implementação dos bancos de leite no país e em outros países."
Padilha afirmou ainda que “a amamentação é um dos pilares mais eficazes para garantir o início saudável da vida. Ela protege contra a desnutrição, reduz a incidência de doenças infecciosas, previne obesidade e doenças crônicas e promove o desenvolvimento cognitivo. Ainda assim, com numerosos benefícios, os índices de aleitamento exclusivo e continuado estão aquém do ideal. No país, apesar de avanços, em 2019 apenas 46% dos bebês eram amamentados exclusivamente até os 6 meses e somente 35% aos 2 anos”.
O líder nacional da Fiocruz, Mario Moreira afirmou que a instituição tem, há décadas, um compromisso com a promoção do aleitamento materno.
“Nossas parcerias internacionais, a Rede Global de Bancos de Leite Humano, todas as iniciativas nesse campo mostram que, para a Fundação, é fundamental valorizar o aleitamento e levar à frente esta bandeira, que salva vidas e previne doenças”.
A representante do administração mexicano, a embaixadora Francisca Méndez, afirmou que as ações em favor do aleitamento materno não significam “estar contra a indústria, mas sim ser a favor das menores, da sua bem-estar, de seus direitos e futuro. O México está empenhado em trabalhar com todos para garantir que cada criança, independentemente de onde nasça, tenha a oportunidade de ter um início de vida saudável”.