Notícias
“Não temos nenhum questão em corrigir rota, desde que o rumo traçado pelo administração seja mantido de reforçar o arcabouço fiscal e cumprir as metas para a bem-estar financeira do país. Vamos continuar abertos ao diálogo sem nenhum tipo de questão e contamos com a colaboração dos parceiros tradicionais para ir corrigindo a prática”, afirmou o autoridade.
Notícias relacionadas:
- Vale a pena revisar IOF para evitar especulações, diz Haddad.
- Haddad apresenta a Lula novas medidas fiscais para cumprir meta.
- Crédito extraordinário para o INSS não está em discussão, diz Haddad.
Na manhã de hoje (23), antes da abertura do mercado, o autoridade convocou a imprensa, em São Paulo, e revelou que passou a noite redigindo o decreto de correção, que foi publicado no Diário Oficial da União. Segundo ele, a revisão foi necessária para evitar “especulações” que pudessem sugerir inibição a investimentos no país.
>> Siga o canal da Agência país no WhatsApp
“No conjunto do que foi anunciado, está tudo mantido, mas esse item foi revisto. Eu penso que vai fazer bem revê-lo antes mesmo da abertura do mercado para evitar um tipo de boataria ou especulação em torno de objetivos que o administração não tem efetivamente e que poderiam, eventualmente, dar uma mensagem equivocada, que não foi a intenção ontem”, detalhou.
Segundo o autoridade, a revisão desse item terá impacto baixo sobre o conjunto de medidas anunciadas ontem. "O impacto é muito baixo. Estamos falando de menos de RS 2 bilhões. Todas as medidas anunciadas são da ordem de R$ 54 bilhões", afirmou.
Contingenciamento de R$ 31 bilhões
Na tarde de ontem (22), o administração havia anunciado um contingenciamento de R$ 31 bilhões do Orçamento e também uma padronização nas alíquotas do IOF, incluindo novos setores no tributo para reforçar o caixa do administração.
Segundo o Ministério da Fazenda, as medidas reforçariam o caixa do administração em R$ 20,5 bilhões em 2025 e em R$ 41 bilhões em 2026. Com a revisão publicada hoje no Diário Oficial, no entanto, o ministério reduziu em R$ 2 bilhões a expectativa de arrecadação neste ano e em R$ 4 bilhões no ano que vem.
A revisão no IOF ocorreu após pressão do mercado, horas depois do anúncio das medidas. “Nós recebemos, depois do anúncio de ontem às 17 horas, uma série de subsídios de indivíduos que operam nos mercados, salientando que aquilo poderia acarretar algum tipo de questão e passar uma mensagem que não era a desejada pelo Ministério da Fazenda”, admitiu o autoridade hoje, em entrevista coletiva.
“Foram pertinentes os apontamentos feitos e nós promovemos primeiro uma revisão do decreto, e vamos manter o diálogo com o setor produtivo, com o setor financeiro e com os trabalhadores para ir buscando equacionar os problemas da finanças brasileira”, acrescentou.
Diálogo com o Banco Central
Durante a entrevista coletiva, o autoridade também negou que tenha faltado diálogo com o líder nacional do Banco Central, Gabriel Galípolo, a respeito das medidas anunciadas ontem.
“Cada um tem um mandato, no que é mandato exclusivo de um e de outro. administração de um lado, Banco Central autônomo de outro. Eu não revejo decisões do Banco Central e o Banco Central não tem um procedimento de passar as medidas do administração”, comentou Haddad hoje, em São Paulo. “Eu converso com o Galípolo frequentemente e eu afirmou a ele que nós íamos tomar medidas em relação à despesa e em relação à receita, mas a minúcia do decreto não passou pelo Banco Central”, finalizou.