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A prefeitura de São Paulo afastou 25 diretores de escolas municipais com desempenho ruim em 2023 no Índice de Desenvolvimento da educação Básica (Ideb) e no Índice de Desenvolvimento da educação Paulistana (Idep). Os diretores afastados foram convocados a fazer uma “requalificação intensiva” do Programa Juntos pela Aprendizagem, de maio até dezembro.


“Esses profissionais atuam há, pelo menos, quatro anos em unidades prioritárias, selecionadas devido ao desempenho obtido no Ideb e Idep de 2023. A capacitação, inédita, inclui vivência em outras unidades educacionais e tem como objetivo o aprimoramento da gestão pedagógica para melhorar a aprendizagem de todos os estudantes”, afirmou a prefeitura, em nota.
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O representante municipal Celso Giannazi (Psol) pediu mais investimentos nas escolas e criticou a punição aos diretores. “Parece que o gestor municipal Ricardo Nunes instituiu um AI5 aqui, fazendo intervenção, retirando diretores compulsoriamente das escolas”, destacou o representante municipal em discurso na tribuna da Câmara Municipal.
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“A gente não sabe qual é o caráter disso, se é punição, se é perseguição. O fato é que está havendo um ato de intervenção nas escolas públicas municipais, o que é inadmissível. Nunca houve tanta agressividade, tanta brutalidade com a rede municipal, com os diretores, com a gestão das escolas municipais”, acrescentou.
Em comunicado conjunto, o Sindicato dos Especialistas de educação do educação Público Municipal de São Paulo (Sinesp), o Sindicato dos Trabalhadores nas Unidades de educação Infantil da Rede Direta e Autárquica do Município de São Paulo (Sedin), e o Sindicato dos Profissionais em educação no educação Municipal de São Paulo (Sinpeem) criticaram a resolução da prefeitura.
“O Sinesp, o Sedin e o Sinpeem são contra a intervenção autoritária do administração nas escolas e o afastamento dos diretores das suas unidades de lotação e, unidos, tudo farão jurídica e politicamente, por meio das ações e mobilizações em defesa da educação, escola pública democrática e pelos direitos dos profissionais da educação”.
Os sindicatos criticaram ainda a norma 18.221 de 2024 que permite o afastamento dos diretores das unidades de lotação. “[A norma foi] aprovada na calada da noite, que, além de punir professores readaptados e em licença médica superior a 30 dias, contém artigo que autoriza o administração a afastar diretores de suas unidades de lotação e designar interventores”.