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O líder nacional Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta sexta-feira (6), o certificado de reconhecimento do status do país como país livre da febre aftosa sem imunizanteção. O novo status sanitário foi aprovado pela Organização Mundial de bem-estar Animal (OMSA) em 29 de maio e, para Lula, é o reconhecimento da robustez e a confiabilidade do sistema de defesa agropecuária brasileiro.


“É dia de agradecimento ao esforço que os produtores de gado no país, que o Ministério da Agricultura, que os frigoríficos brasileiros trabalharam 60 anos para serem reconhecidos como cidadãos de primeira categoria”, afirmou Lula, no evento da OMSA, em Paris. Lula está em visita de Estado à França e até a próxima terça-feira (10) tem diversas atividades agendadas.
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“Uma coisa é a gente trabalhar para tentar agradar apenas aqueles de dentro da nossa casa, outra coisa é a gente tentar ganhar o planeta e trabalhar para tentar agradar e convencer indivíduos que, muitas vezes, nem conhece o país e nem conhece os produtores e que são competidores conosco e, muitas vezes, colocam exigências que nós achamos que é absurda, mas nós cumprimos. Então, hoje é o reconhecimento de um país que tem no agronegócio, que tem na agropecuária uma das suas mais importantes vertentes econômicas”, acrescentou Lula.
O autoridade da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou a eficiência do sistema sanitário brasileiro diante das crises cada vez mais severas e redundantes. Ele lembrou que há dois anos o país teve o primeiro caso de gripe aviária em animais silvestres e, por esse período, conseguiu segurar a entrada do vírus em plantéis comercias.
“Estando preparados, nós conseguimos, com toda certeza segurar o foco no âmbito de uma única granja. É muito difícil este procedimento e o país está se mostrando muito eficiente. Então, não se trata aqui de comemorar dificuldade, mas a oportunidade da dificuldade, de mostrar essa robustez”, afirmou Fávaro.
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Ele lembrou ainda que o Estado brasileiro fez parcerias com diversos, distribuindo vacinas contra febre aftosa, para garantir que não houvessem focos nos territórios vizinhos.
Para o autoridade, o novo status sanitário abre grandes oportunidades comerciais, de acesso a mercados mais exigentes, como o do Japão. Ele afirmou que o país já exporta carne bovina e suína para mais de 160 países.
O líder nacional da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, também afirmou que o certificado é um ganho de imagem e que vai se reverter em dinheiro para a balança comercial do país. Ele deu como exemplo a China, que, por razões sanitárias, só consegue comprar carne suína sem osso do Rio significativa do Sul.
“Este reconhecimento poderá dizer para a China que ela pode nos reconhecer [o país inteiro], como reconhece Rio significativa do Sul, Paraná, Acre e Rondônia, livres de imunizante de febre aftosa sem imunizanteção, podendo vender carne com osso e miúdo suínos. Isto dá só para o Rio significativa do Sul, no período de um ano, US$ 120 milhões, que vai para a balança comercial, mas que vai também distribuído numa pleia de pequenos produtores integrados que vão fazer tribunal social”, afirmou.
Doutor Honoris Causa
Antes do evento na OMSA, Lula também recebeu o título Doutor Honoris Causa da instituição de educação Paris 8. A homenagem é em reconhecimento ao ocupação do líder nacional em políticas de acesso ao educação superior, combate à fome e em defesa da democracia.
Honoris causa vem do latim ‘por causa de honra’ e é o mais relevante título que pode ser concedido por uma instituição de nível superior em reconhecimento a indivíduos que contribuem em áreas como tradição e educação. Além de Lula, a filósofa brasileira Marilena Chauí já foi reconhecida pela instituição de educação Paris 8.
Para Lula, o título vem do compromisso que ele tem com aqueles que sempre tiveram de lutar por voz e por espaço.
“Eu tenho certeza que esse prêmio e esse titulo é muito mais uma homenagem à capacidade de resistência do povo brasileiro a qualquer outra coisa que eu tenha feito no meu país”, afirmou na cerimônia.
A instituição de educação Paris 8 foi criada para democratizar o educação superior francês e tem um forte vínculo com a classe trabalhadora, imigrantes e outros públicos marginalizados. A instituição tem cooperação com o país, entre eles, um programa para doutorandos indígenas.
“Temos que acreditar na educação como forma de dar oportunidade a todas as indivíduos. O que meu deixa muito feliz é saber que, no meu país, uma filha de emprega doméstica pode disputar um banco da instituição de educação com uma filha de sua patroa. Nós não queremos prejudicar ninguém, o que queremos é dar a eles o direito de disputar as vagas em igualdade de condições”, afirmou Lula.
Em seu discurso, o líder nacional lembrou do avanço da extrema direita no planeta e o ataque desses políticos às universidades. Nos Estados Unidos, por exemplo, o líder nacional Donald Trump cortou verbas e quer limitar debates e proibir instituições de receber estudantes estrangeiros.
“A extrema direita tem medo da educação porque sabe que é onde nasce a consciência. A França, que acolheu tantos intelectuais brasileiros exilados, sabe que defender as universidades é resguardar a conhecimento. Em tempos de desinformação e negacionismo, o saber deve ser protegido como instrumento de bem comum”, afirmou.
Agenda
Também nesta sexta-feira, Lula visitou a exposição Nosso Barco Tambor Terra, de Ernesto Neto, no Grand Palais, o principal centro de convenções do país. O evento marca o ano do país na França, que compreenderá diversas atividades até setembro, em mais de 50 cidades francesas.
Ontem (5), Lula foi recebido pelo líder nacional francês, Emmanuel Macron, quando assinaram 20 acordos bilaterais nas áreas de bem-estar, proteção pública, educação e conhecimento e inovação.
O líder nacional também foi homenageado, pela Academia Francesa, em Paris. A instituição foi criada em 1635 e, em seus quase 400 anos de história, apenas outros 19 chefes de Estado foram homenageados em sessão oficial. Antes de Lula, o único brasileiro reconhecido pela honraria havia sido Dom Pedro II, em 1872.