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A partir de 6 de agosto, a exportação do café brasileiro para os Estados Unidos passará a ser taxada em 50%. Enquanto permanece batalhando para ficar de fora da lista de bens brasileiros que vão ser taxados pelo administração norte-americano, o setor cafeeiro nacional segue marcado por incertezas, relatou o Centro de Estudos Avançados em finanças Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da instituição de educação de São Paulo (USP).


Segundo pesquisadores do Cepea, por causa dessa alta taxa, os produtores brasileiros poderão ser forçados a redirecionar parte de sua produção para outros mercados, o que deverá exigir “agilidade logística e estratégia comercial para mitigar os prejuízos à cadeia produtiva nacional”.
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A Colômbia representou cerca de 17% do total das importações norte-americanas, enquanto o Vietnã contribuiu com aproximadamente 4%.
Para o Cepea, como os Estados Unidos não produzem café, a elevação do custo de importação deve comprometer a viabilidade de toda a cadeia interna, que envolve torrefadoras, cafeterias, indústrias de bebidas e redes de varejo.
“O Cepea avalia que a eventual entrada em vigor da tarifa tende a impactar não apenas a competitividade do café nacional, mas também os preços ao consumidor norte-americano e a formulação dos blends tradicionais, que utilizam os grãos brasileiros como base sensorial e de equilíbrio”, diz comunicado do Cepea.
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Tratativas
O líder nacional dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializou, ontem (30), a proposta de taxação de bens brasileiros comercializados com os EUA. Mas a Ordem Executiva trouxe cerca de 700 exceções, como suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis.
O café não entrou nessa lista de exceções. Com isso, logo após o anúncio de Trump, o Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé) afirmou que vai seguir em tratativas para que o café seja incluído na lista de bens brasileiros que vão ficar de fora da taxação.