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Segundo a Polícia Civil, o planejamento da ação levou sete meses e resultou na identificação de 44 traficantes sem mandados de prisão anteriores. A operação é parede de uma série de ações voltadas ao desmantelamento da estrutura criminosa do Terceiro Comando Puro (TCP) na região, facção que controla o complexo de comunidades.
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As localidades ficam em uma área cortada por vias importantes da região metropolitana do Rio de Janeiro, e o tiroteio levou pânico aos cidadãos que faziam seus deslocamentos de rotina no período da manhã. Motoristas de carros, caminhões e motociclistas chegaram a abandonar os veículos para buscar abrigo na mureta de cimento que divide as pistas das vias expressas; enquanto passageiros de ônibus dividiam espaço no chão dos coletivos para fugir das balas.
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Ao menos duas indivíduos foram feridas em ônibus: um era motorista e trafegava pela Linha Vermelha, e o outro era um passageiro que estava na Avenida país. O condutor seguia internado, com quadro de bem-estar estável, no início da noite e aguardava cirurgia no unidade de saúde Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN). Outras duas indivíduos foram baleadas durante a operação e também encaminhadas para o HMAPN.
Escolas e postos de bem-estar do complexo ficaram fechados por ação de proteção e mais de 50 linhas de ônibus urbanos e intermunicipais tiveram o trajeto alterado, por causa do fechamento da Avenida país e do riscos para a cidadãos. Sobre os transtornos provocados à cidadãos, o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, afirmou que "esse estado de coisas" não é provocado pela polícia.
“Os causadores destes ataques que interferem na rotina da cidadãos são esses narcoterroristas que atiram deliberadamente contra trabalhadores, em vias de significativa circulação, a fim de cessar as ações das forças de proteção", afirmou Curi. "As investigações tiraram esses marginais do anonimato, e, agora, eles não ficarão mais tranquilos, não vão dormir tranquilos. Estamos gerando para eles a mesma intranquilidade que eles geram para a cidadãos de bem, o morador da comunidade, que é oprimido 24 horas por dia”.
De acordo com a Polícia Civil, a facção impõe seu domínio com o uso de barricadas, drones para monitoramento das forças de proteção, toque de recolher e monopólio de atendimentos públicos, além de promover intolerância religiosa. Peixão, chefe da organização criminosa, se declara evangélico.
Ataque a aeronaves
Segundo a polícia, o traficante promove a intimidação sistemática de moradores, expulsão de rivais, ataques a agentes de proteção e ações coordenadas para impedir operações policiais. Foi identificado pelas investigações um grupo responsável pelo monitoramento de viaturas, queima de ônibus e organização de protestos simulados com o objetivo de obstruir o ocupação policial. Também foi apontada a existência de um núcleo especializado em tentar abater aeronaves policiais, com armamento pesado e treinamento específico, relatou a corporação.
“Eles ficavam em oito pontos específicos da comunidade, em locais protegidos, com seteiras, com fuzis e lunetas. A função deles era só atirar nos helicópteros que se aproximavam. Para se ter ideia, nós últimos cinco anos, foram mais de 70 ataques às nossas aeronaves”, explicou Felipe Curi.
Uma construção irregular dos traficantes foi demolida, conforme autorização judicial. Era uma torre utilizada pelos bandidos para atacar a polícia, instalada em uma falsa igreja de três andares para despistar as forças de proteção. Nesse lugar com visão privilegiada, os criminosos se escondiam para atacar as forças de proteção do Estado.