Penalva: A Origem da Cidade que Nasceu das Matas, da Fé e da Resistência



A história de Penalva é marcada por resistência, fé e descoberta. Antes mesmo da cidade ganhar esse nome, o território era lar de diversos povos indígenas, como os Gamelas e Barbados. 

A brutalidade do processo de colonização – com massacres e escravização – fez com que esses povos abandonassem aldeias e se refugiassem na mata.

Foi no final do século XVII que os padres jesuítas deram início ao que seria um dos primeiros núcleos de povoamento: a Aldeia de Maracu. Dela surgiram povoados como São Brás (hoje Terreiro Grande), Barro Vermelho, Descanso, Cotias, Lagoa Mirim, Capivari e Jacaré.

Em 1854, uma expedição liderada por Cláudio de Sá e Pompeu Marques partiu rumo ao desconhecido. O que encontraram foi tão encantador que chamaram o lugar de “paraíso”. Lá construíram uma capela dedicada a São Brás e iniciaram a colonização que deu origem a Penalva.

Com o tempo, o povoamento se expandiu e uma nova região foi descoberta – mais alta, com paisagens exuberantes. Foi ali que fundaram a Freguesia de São José de Penalva, oficializada pela Lei nº 510 em 27 de julho de 1858.

Com o fim da escravidão e a chegada da República, muitas fazendas foram abandonadas e a economia local entrou em declínio. Ex-escravizados migraram para os povoados.

A história de Penalva é muito mais do que datas: é feita de fé, resistência e identidade. Conhecê-la é uma forma de manter viva a memória do nosso povo.


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