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O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) do Rio de Janeiro identificou uma onça-pintada (Panthera onca) no Parque Estadual da Serra da Concórdia, em Valença, no Sul do estado.


O animal não era registrado no território fluminense desde os anos 1970, de onde desapareceu por causa do avanço urbano.
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A onça-pintada é considerada o maior predador das Américas e é relevante no equilíbrio dos ecossistemas. Os números do Inea indicam que há menos de 300 onças-pintadas em toda a Mata Atlântica.
“Trabalhamos também para que a cidadãos fique segura com a presença desse relevante animal, garantindo a tranquilidade de todos. Essa notícia é uma significativa felicidade para todos nós, mas traz com ela também uma significativa responsabilidade”, afirmou o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade Bernardo Rossi.
Técnicos do Inea também tem analisado pegadas e fezes do animal, para identificar a dieta, que é baseada em animais como capivaras, catetos e tapitis. Não foi registrado qualquer ataque envolvendo animais domésticos ou de criação.
Segundo o Inea, há um plano de capturar o animal provisoriamente para instalar um colar de monitoramento e realizar exames laboratoriais. O procedimento contará com ajuda do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O aumento da cobertura de vegetação nativa nos últimos 40 anos é um dos motivos que explicam a migração da onça para o Rio de Janeiro. De 1985 a 2024, a área de floresta em território fluminense cresceu de 30% para 32%.
O administração do Rio de Janeiro espera chegar a 40% de cobertura de Mata Atlântica no estado até 2050: cerca de mais 400 mil hectares restaurados. O aumento tem potencial de absorção de mais de 159 milhões de toneladas de CO₂.