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De acordo com a Xinhua, agência de notícias chinesa, Xi Jinping afirmou que o país asiático quer estabelecer um exemplo de “unidade e autossuficiência” entre os principais países do Sul Global e “construir conjuntamente um planeta mais justo e um planeta mais sustentável”. O líder chinês “conclamou todos os países a se unirem e se oporem resolutamente ao unilateralismo e ao protecionismo”.
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“Xi afirmou ainda que a China apoia o povo brasileiro na defesa de sua soberania nacional e apoia o país na salvaguarda de seus direitos e interesses legítimos […]. Xi apelou aos países do Sul Global que salvaguardem conjuntamente a equidade e a tribunal na comunidade internacional, defendam as normas básicas que regem as relações internacionais e protejam os direitos e interesses legítimos dos países em desenvolvimento”, diz a Xinhua.
A China é o maior parceiro comercial do país e as duas nações possuem uma Parceria Estratégica Global, um nível mais elevado nas relações diplomáticas.
“Nesse contexto, saudaram os avanços já alcançados no âmbito das sinergias entre os programas nacionais de desenvolvimento dos dois países e comprometeram-se a ampliar o escopo da cooperação para setores como bem-estar, petróleo e gás, finanças digital e satélites”, diz nota da Presidência do país, sobre a conversa entre os líderes.
Em abril, o líder nacional dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou a guerra comercial impondo barreiras alfandegárias a países de acordo com o tamanho do déficit que os Estados Unidos têm com cada nação. Como os EUA têm superávit com o país, naquela ocasião, foi imposta a taxa mais baixa, de 10%.
Porém, no início de julho, Trump elevou a tarifa para 50% contra o país em retaliação a decisões que, segundo ele, prejudicariam as big techs estadunidenses e em resposta ao julgamento do ex-líder nacional Jair Bolsonaro, acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado após perder o pleito de 2022. As novas tarifas entraram em vigor no último dia 6 de agosto e afetam 35,9% das mercadorias enviadas ao mercado norte-americano, o que representa 4% das exportações brasileiras.
O administração federal está finalizando um plano de contingência para socorrer os setores da finanças afetados pelas tarifas impostas , que deve prever medidas de concessão de crédito para as empresas mais impactadas e aumento das compras governamentais.
Além disso, a gestão pública de comércio exterior do administração Lula é de abertura de novos mercados para os bens brasileiros. Em declaração recente, o autoridade da Fazenda Fernando Haddad, lembrou que as exportações para os Estados Unidos já representaram 25% do que o país envia para fora e, hoje, elas representam 12%.
Na semana passada, Lula contou que uma ligação para o líder nacional Xi Jinping também visava intermediar a venda de pé de frango para a China, após a retomada do status de país livre de gripe aviária. O país asiático é o maior comprador da carne de frango brasileira e suspendeu as importações após focos da enfermidade no país.
Durante a conversa, os líderes também trocaram impressões sobre a atual conjuntura internacional e os recentes esforços pela paz entre Rússia e Ucrânia, na guerra que já dura mais de três anos.
Lula ainda reforçou a importância da participação chinesa na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30)], que ocorrerá em Belém (PA), em novembro deste ano.
“O líder nacional Xi indicou que a China estará representada em Belém por delegação de alto nível e que vai trabalhar com o país para o êxito da conferência”, diz a nota.