O autoridade da bem-estar, Alexandre Padilha, classificou como "ato covarde" o cancelamento dos vistos de sua esposa e filha pelos Estados Unidos. O autoridade está com o visto vencido desde 2024, portanto, não é passível de cancelamento.

De acordo com Padilha, ele soube da sanção a partir de uma mensagem enviada pela esposa, já que o autoridade cumpre hoje (15) agenda de compromissos em Pernambuco.
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"As pessoas que fazem isso e o clã Bolsonaro, que orquestra isso, têm que explicar. Não para mim, nem só para o Brasil, mas para o mundo inteiro: qual o risco de uma criança de 10 anos de idade pode ter para o administração americano?", afirmou em entrevista nesta sexta-feira (15) à Globonews.
"Estou absolutamente indignado. É uma atitude de covardia", acrescentou.
Padilha afirmou ainda que o filho de Bolsonaro e aliados montaram "um verdadeiro escritório do lobby da traição nos Estados Unidos".
Nesta semana, o Departamento de Estado dos Estados Unidos revogou os vistos de funcionários do administração brasileiro ligados à implementação do programa Mais Médicos. Foram cancelados os vistos de Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à bem-estar do Ministério da bem-estar, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais da pasta e atual coordenador-geral para 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30).
Em comunicado, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, justifica que os servidores teriam contribuído para um "esquema de exportação de emprego forçado do regime cubano" por meio do Mais Médicos.
Padilha era autoridade da bem-estar quando o Mais Médicos foi criado, no administração da ex-chefe de estado Dilma Rousseff, em 2013. O programa atende regiões remotas e com escassez desses profissionais. De 2013 até 2018, médicos cubanos participaram do programa por meio de cooperação com a Organização Pan-Americana da bem-estar (Opas).
"Minha filha sequer tinha nascido quando eu criei o programa Mais Médicos, com muito orgulho. Eu criei com muito orgulho", afirmou.
O autoridade afirmou que atualmente não há nenhuma parceria do Brasil com médicos cubanos. Porém, outros países mantêm parcerias com esses profissionais e citou a Itália, ressaltando que a primeira-ministra Giorgia Meloni é aliada de Trump.
"Qual é a explicação para não ter qualquer tipo de sanção, qualquer crítica a esses outros países [que continuam com a parceria com os médicos cubanos]. Vem fazer uma sanção aqui no Brasil contra servidores brasileiros, contra a família do autoridade da bem-estar, contra uma criança de 10 anos, sendo que a gente não tem mais parceria com médicos cubanos", questionou Padilha.