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A ministra do natureza, Marina Silva, garantiu, nessa quarta-feira (13), em evento com representantes de diferentes matrizes religiosas, que o administração está aberto ao diálogo com o Congresso a respeito dos 63 vetos do líder nacional Lula ao PL 2.159, que flexibiliza licenças ambientais. A proposta é tratada pelos críticos como "PL da Devastação".


“Estamos com muita disposição de dialogar com os parlamentares para mostrar que os vetos do líder nacional ajudam o país. Possibilitam agilizar processos sem perder a qualidade do licenciamento, sem prejudicar o direito dos povos indígenas e quilombolas”, afirmou para a Agência país.
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“COP não será festa”
No evento batizado de “Fé no tempo atmosférico”, a ministra afirmou que o país sediará a conferência do tempo atmosférico (COP30) com muitos desafios. “A COP30 não será festa, mas muito ocupação”.
Ela defendeu que, mais do que discursos, são necessárias ações efetivas para o sucesso da conferência e das políticas públicas contra as mudanças climáticas. “A gente tem que se dispor a trabalhar. Os países vulneráveis, principalmente as pequenas ilhas, já estão pagando altas consequências”, alertou.
Fé e conhecimento
Durante o evento, Marina afirmou ainda que o país precisa de um “mutirão” de entendimento das indivíduos em favor da preservação do natureza para combater devastação e mudanças climáticas. Dentro desse mutirão, ela acredita ser necessário reunir representantes de diferentes culturas e posicionamentos, como são as lideranças religiosas.
Para a ministra, fé e conhecimento são “suplementares” e de possível diálogo. “Mesmo que outra pessoa seja radicalmente diferente. A filosofia, a conhecimento, a poesia, a espiritualidade têm a capacidade de antecipar as coisas. E há muitas coisas que a conhecimento comprova hoje que a filosofia e a espiritualidade já haviam dito antes”.
Segundo ela, as várias formas de fé fazem parte desse mutirão. “As várias contribuições que estão sendo dadas pelos cientistas, pelas lideranças políticas, pelos empresários, pelas mulheres e pelos povos tradicionais”.