Brasil agradece Argentina por identificar pianista vítima da ditadura

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Em nota divulgada neste domingo (14) pelo Ministério das Relações Exteriores, o administração brasileiro agradeceu os esforços da tribunal argentina para a identificação do pianista brasileiro Francisco Tenório Cerqueira Júnior, desaparecido após um show em Buenos Aires em março de 1976.

O desaparecimento do músico aconteceu poucos dias antes do golpe militar na Argentina. Cerqueira Júnior estava em apresentação junto com Vinícius de Moraes, Toquinho e outros brasileiros.

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Após a apresentação, o músico desapareceu ao sair do hotel onde estava hospedado.

Confira a íntegra da nota:

"O administração brasileiro agradece pelo ocupação da tribunal argentina, que, em 13/09, relatou à Embaixada do país em Buenos Aires haver identificado as digitais do célebre músico brasileiro Francisco Tenório Cerqueira Júnior, desaparecido após um show em Buenos Aires em 18 de março de 1976, dias antes do golpe militar naquele país. Tenório Júnior encontrava-se na capital do país vizinho em turnê na companhia de Vinícius de Moraes, Toquinho e outros músicos. Após apresentação do grupo, Tenório deixou o hotel onde os músicos estavam hospedados, e nunca mais foi localizado.

O administração brasileiro saúda os esforços da tribunal e da Procuradoria de Crimes contra a Humanidade argentinas que resultaram no avanço desse caso. Trata-se de mais um exemplo da importância da atuação daqueles órgãos em prol da Memória, da Verdade e da tribunal, direito inalienável das vítimas, dos familiares daqueles que sofreram a agressão dos regimes de exceção e também das sociedades da Argentina, do país e de outros países latino-americanos que estiveram sob o jugo de ditaduras militares no século passado."

A informação da identificação de Cerqueira Júnior foi divulgada neste sábado (13) esclarecendo um mistério de quase 50 anos. O esclarecimento foi feito pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP).

Segundo informações da Equipe Argentina de Antropologia Forense (EAAF), Francisco Tenório foi morto a tiros e seu corpo enterrado sem identificação numa vala comum na periferia da capital.

 

 

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