O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) divulgou a lista dos órgãos que participarão da primeira edição do Concurso Nacional Unificado do serviço público federal.
A informação foi anunciada ontem pela chefe da pasta, Esther Dweck, que também comunicou a adesão de 20 órgãos e entidades, com um total de 6.590 vagas em oferta. O decreto referente ao concurso foi publicado no Diário Oficial da União.
O conceito por trás do MGI é criar algo semelhante ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que é aplicado em todo o país ao mesmo tempo.
O concurso será composto por duas partes: provas objetivas comum a todos os candidatos e provas específicas e dissertativas divididas em blocos temáticos, de acordo com a área escolhida pelos participantes.
Ambas as partes do exame serão realizadas no mesmo dia. Durante o processo de inscrição, os candidatos deverão selecionar um dos blocos das áreas de atuação governamental disponíveis no certame.
A previsão é que as provas ocorram em 179 municípios brasileiros no dia 25 de fevereiro de 2024, com a publicação dos resultados gerais até o final de abril do mesmo ano.
Os detalhes sobre o conteúdo a ser avaliado nas provas serão especificados no edital do concurso, que será publicado em 20 de dezembro.
O Ministério da Gestão espera que os novos servidores federais assumam seus cargos até agosto de 2024.
Esther Dweck afirmou que o conteúdo das provas não será muito diferente do que é tradicionalmente exigido em concursos públicos.
Ela ressaltou: "Qualquer pessoa que esteja se preparando para concursos públicos terá o conhecimento necessário para este concurso. Não é necessário preocupar-se, pois não haverá uma mudança drástica no conteúdo."
De acordo com o MGI, os benefícios desse modelo incluem maior participação da população devido à aplicação das provas em várias cidades, economia de escala e redução de custos ao eliminar a multiplicidade de concursos, a oportunidade de preencher um grande número de vagas por meio de um único concurso e igualdade econômica, uma vez que os candidatos pagarão apenas uma taxa de inscrição para concorrer a vagas em diversas carreiras.
O MGI selecionou os municípios onde as provas serão aplicadas com base em critérios como densidade populacional, raio de influência microrregional de cidades médias e grandes e facilidade de acesso entre elas, com destaque para municípios com mais de 100 mil habitantes, e 50 mil habitantes no caso da região Norte.
A ministra acrescentou: "Nesta primeira edição do Concurso Unificado, teremos um total de 6.590 vagas. Sabemos que esta é uma inovação significativa.
Nossa intenção é que ele se torne o principal método de realização de concursos públicos a nível federal, com uma realização anual ou bianual. Vamos acumular experiência a partir desta primeira edição."
O MGI informou que os custos do concurso serão compartilhados entre os órgãos e entidades do governo federal que aderirem ao programa, com critérios de rateio a serem definidos posteriormente.
Conforme as regras publicadas no Diário Oficial, o concurso unificado contará com dois órgãos de governança: a Comissão de Governança, responsável por estabelecer diretrizes e regras gerais para a realização do concurso, e o Comitê Consultivo e Deliberativo, encarregado da organização, validação e aprovação dos agrupamentos de cargos e editais.
* com informações do correio braziliense