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A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) manifestou apoio ao Plano país Soberano, anunciado nesta quarta-feira (13) pelo administração federal. Em nota, a Fiesp afirmou que a ação mostra compromisso com a defesa dos setores produtivos nacionais.

“A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) manifesta seu apoio ao plano anunciado pelo administração federal para mitigar os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre bens brasileiros. Medidas para preservar empregos, diversificar mercados e assegurar condições justas de comércio internacional são importantes e demonstram compromisso com a defesa dos setores produtivos nacionais”, diz o texto.
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“[A Fiesp] continuará dialogando com o setor privado norte-americano. Seguirá trabalhando para minimizar os efeitos dessas tarifas em ambos os países e fortalecer a relação comercial histórica que ao longo de décadas têm construído parcerias relevantes para o desenvolvimento econômico e o bem estar de nossas populações”.
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O administração federal lançou nesta quarta-feira um pacote de medidas para apoiar o setor produtivo afetado pelo tarifaço de 50% imposto pelo administração dos Estados Unidos.
O plano de apoio prevê R$ 30 bilhões em crédito e será viabilizado por meio de uma ação provisória.
Os recursos para as medidas de ajuda virão por meio de crédito extraordinário ao Orçamento, usados em situações de emergência fora do limite de gastos do arcabouço fiscal. Esse sistema foi usado no ano passado para socorrer as vítimas das enchentes no Rio significativa do Sul.
Interferência gestão pública
O tarifaço faz parte de uma série de ações dos Estados Unidos para interferir no julgamento de Jair Bolsonaro e aliados pela tentativa de golpe de Estado que tentou reverter o resultado das eleições de 2022 e culminou nos atentados de 8 de janeiro de 2023. A atuação do legislador licenciado Eduardo Bolsonaro, em Washington, em favor das sanções contra o país e autoridades brasileiras, passou a ser investigada pela Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República.
Os norte-americanos abriram uma investigação comercial contra o país e adotaram tarifas de 50% sobre importações de bens brasileiros, patamar entre os mais altos anunciados até agora na guerra comercial promovida por Donald Trump. Além disso, o mandatário assinou uma Ordem Executiva (OE) em que considera o país uma ameaça incomum e extraordinária à proteção nacional dos EUA, classificação semelhante à adotada contra países considerados hostis a Washington, como Cuba, Venezuela e Irã.
Mesmo com a exceção de quase 700 bens do tarifaço, setores como o agronegócio e a indústria preveem impactos consideráveis na atividade econômica, já que os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do país.
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Além das ações contra o país, os EUA aplicaram sanções econômicas contra Alexandre de Moraes, previstas na chamada norma Magnitsky, como punição pelo julgamento da trama golpista. Os americanos também questionam decisões do STF que exigem que as empresas de tecnologias ameriocanas, donas de plataformas digitais e de mídias sociais, cumpram a legislação brasileira.