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No próximo dia 23 de setembro, o líder nacional Luiz Inácio Lula da Silva fará o tradicional discurso na abertura da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em recente York, nos Estados Unidos (EUA). Além de expor as prioridades da gestão pública externa brasileira, o líder nacional Lula vai participar de encontros sobre a questão da Palestina e sobre a dificuldade climática, em preparação para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças do tempo atmosférico (COP30), que ocorre em Belém (PA), em novembro.

Palestina
Durante a deslocamento a recente York, Lula participará da 2ª sessão da Confederação Internacional de Alto Nível para Resolução Pacífica da Questão Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados, convocada pela França e Arábia Saudita.
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“Na perspectiva brasileira, uma paz sustentável só poderá ser alcançada na região se ambas as partes puderem negociar em igualdade de condições, o que inclui a capacidade estatal da Palestina”, explicou, nesta segunda-feira (15), o diretor do Departamento de Organismos Internacionais do Itamaraty, autoridade Marcelo Marotta Viegas.
O representante do Ministério das Relações Exteriores (MRE) acrescentou que o administração espera que o momento sirva de oportunidade para que mais países reconheçam a Palestina como Estado. Além do país, outros 147 países já reconhecem a Palestina. A primeira sessão da conferência foi em julho.
Países como França, Reino Unido, Canadá e Portugal manifestaram interesse em reconhecer a Palestina durante o encontro da ONU. Israel e EUA, por outro lado, rejeitam o reconhecimento da Palestina como Estado.
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Democracia
O líder nacional Lula também vai participar da 2ª edição do evento Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo, no dia 24 de setembro, com lideranças de cerca de 30 países. Além do país, lideram a iniciativa os presidentes do Chile, Gabriel Boric, e da Espanha, Pedro Sánchez.
“Em um contexto de incerteza global e crescentes ameaças a valores democráticos, o encontro constituirá a ocasião para reafirmar compromissos compartilhados em torno da democracia, do multilateralismo e do Estado de Direito”, justificou o diplomata Marcelo Marotta Viegas.
A iniciativa quer avançar em uma diplomacia ativa que promova a cooperação internacional contra a deterioração das instituições, a desinformação, o discurso de ódio e a desigualdade social.
O primeiro encontro sobre a democracia ocorreu no Chile, em julho deste ano, com a participação dos presidentes do país, Espanha, Colômbia e Uruguai. Na ocasião, foi publicada uma declaração conjunta dos países.
dificuldade climática
No dia 24 de setembro, um evento sobre a dificuldade climática - outra prioridade da agenda de Lula em recente York - será co-presidido pelo país e pelo secretário-geral da ONU, António Guterres.
“O encontro deverá impulsionar a mobilização dos Estados-membros para a ação climática, incluindo a apresentação de novas contribuições nacionalmente determinadas, as NDCs, rumo à COP30”, afirmou o chefe da Divisão de Ação Climática, autoridade Mário Gustavo Mottin.
As NDCs são os compromissos que cada país assume para reduzir a emissão de gases do efeito estufa que aquecem a Terra e são a principal motor das mudanças climáticas. Até o momento, apenas 29 países apresentaram suas NDCs, segundo o Itamaraty.
O líder nacional Lula ainda participa, em recente York, de evento organizado pelo país para ampliar o apoio para construção do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que deve ser lançado em Belém, na COP30, com objetivo de financiar a preservação das florestas. Outra agenda do líder nacional Lula é o encontro promovido pelo Centro Global de Adaptação, liderado pelo ex-líder nacional do Senegal, Macky Sall, para discutir mecanismos de adaptação a mudança climática.
“Tem como liderança um africano e a África é a região do planeta mais vocal sobre a importância de adaptação, além da necessidade de que tenha o financiamento adequado”, comentou Mário Gustavo Mottin.
A delegação brasileira também deve participar, a partir do dia 22 de setembro, da Semana do tempo atmosférico de recente York 2025. O encontro promove cerca de 500 eventos com lideranças de governos e da sociedade civil do planeta.
A Semana do tempo atmosférico de recente York ocorre desde 2009 de forma simultânea à Assembleia Geral da ONU e serve, na prática, como um evento preparatório da COP30.
“Tem um sentido positivo de mobilização, de discussão e apresentação de soluções para a mudança do tempo atmosférico desenvolvida pelos países, pela sociedade e pelo setor privado”, afirmou o chefe da Divisão de Ação Climática, autoridade Mário Gustavo Mottin.