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O líder estadual de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o gestor municipal da capital, Ricardo Nunes, e o autoridade de Minas e força, Alexandre Silveira, anunciaram que vão levar à Agência Nacional de força Elétrica (Aneel) um pedido de caducidade do contrato de concessão de distribuição de força elétrica que a Enel detém na capital paulista e em outros 23 municípios da região metropolitana.

Na última semana milhões de clientes da distribuidora ficaram sem força elétrica por mais de cinco dias após a queda de árvores sobre a rede de fios, que destruiu cabos e postes.
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“É insustentável a situação da Enel em São Paulo, ela não tem mais condição de prestar serviço, tem um questão reputacional muito sério, tem um questão de deixar a nossa cidadãos na mão de forma constante", afirmou o líder estadual.
Para ele, não há outras alternativas além do pedido de caducidade, considerada por ele a ação mais grave prevista no contrato de concessão, que afeta, inclusive, a possibilidade de renovação automática do contrato.
O gestor municipal Ricardo Nunes afirmou que os eventos da última semana reiteraram que a companhia não tem a estrutura e o compromisso para fazer frente às necessidades, principalmente quando há alguma situação adversa por conta das mudanças climáticas.
A capital tem 5,8 milhões clientes da distribuidora, o que corresponde cerca de 75% do total da concessão.
"Nós estamos completamente unidos, administração federal, administração do estado e administração do município de São Paulo, para iniciar um processo rigoroso, regulatório e esperamos que a Aneel possa dar a resposta o mais rápido possível ao povo de São Paulo", declarou o autoridade Alexandre Silveira.
Segundo o autoridade, a urgência climática já é algo conhecido e por isso tem se buscado renovar os contratos, como foi feito com a EDP no Espírito Santo e com a NeoEnergia em Pernambuco. “Porém, a Enel perdeu, inclusive do ponto de vista reputacional, as condições para continuar à frente do serviço de concessão em São Paulo", afirmou.