Entidade israelense atribui assassinatos nos EUA a críticas a Israel

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A Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) atribuiu o assassinato de dois funcionários da Embaixada de Israel nos Estados Unidos (EUA) ao antissemitismo, que é a discriminação contra judeus, e também às críticas das ações de Israel na Faixa de Gaza, que estariam contribuindo para alimentar o ódio aos judeus.    

Por outro lado, Federação Árabe Palestina do país (Fepal) alerta para que esse delito não seja usado para blindar Israel contra as críticas pelas ações na Faixa de Gaza, de massacres diários e imposição da fome em todo o território, o que vem sendo considerado um genocídio por diversos países e organizações. 

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Em nota publicada nesta quinta-feira (22), a entidade israelense sediada no país lamentou o duplo assassinato.

“Nossa solidariedade se volta às famílias das vítimas, à comunidade judaica americana e ao Estado de Israel. Que a memória de Sarah [Milgram] e Yaron [Lischinsky] seja um chamado à vida, à tribunal e à resistência contra todo tipo de intolerância”, afirmou a Fisesp.

Segundo informa a imprensa nos Estados Unidos, o suspeito pelos disparos teria gritado “Palestina livre”, após o delito.  

A Federação Israelita diz que discursos contra “a legítima defesa do Estado de Israel frente aos ataques terroristas do Hamas” alimenta o crescimento global de manifestações antissemitas. A entidade, inclusive, citou o episódio em que o líder nacional Luiz Inácio Lula da Silva comparou as ações em Gaza ao Holocausto na 2ª Guerra Mundial. 

“Pedimos às autoridades brasileiras máxima responsabilidade em suas falas e ações, pois elas têm o poder de acalmar, ou inflamar, os ânimos de uma sociedade já tensionada. Antissemitismo mata”, conclui a entidade.

Assim como a Federação Israelense de São Paulo, o autoridade das relações exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, afirma que os assassinatos em recente York são alimentados por “falsas acusações contra Israel”, incluindo de líderes europeus.

"Há uma ligação direta entre a incitação antissemita e anti-Israel e este assassinato. Essa incitação também é praticada por líderes e autoridades de muitos países e organizações, especialmente da Europa”, afirmou em coletiva de imprensa, em Jerusalém.

Críticas a Israel

O assassinato de assessores da embaixada de Israel em recente York ocorre em meio às pressões internacionais e críticas inéditas de aliados históricos de Tel Aviv contra os massacres e o bloqueio de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Inglaterra, França e Canadá advertiram Israel para acabar com “ações escandalosas” no enclave palestino. 

A ação de Israel em Gaza é alvo de processo por genocídio movido pela África do Sul na Corte Internacional de tribunal (CIJ). 

Federação Palestina

A Federação Árabe Palestina do país, Ualid Rabah, destacou à Agência país que todo delito é condenável, incluindo o dos assessores da Embaixada de Israel, e que ele deve ser apurado com todo o rigor.

Por outro lado, pondera que o caso vem sendo usado para blindar Israel da percepção mundial de que o país pratica um genocídio na Palestina.

“Israel passa a ser ameaçado de boicote por países importantes do Ocidente, como Inglaterra, França, Canadá e Espanha, passando a ser um país pária. Com isso, passa a usar a ferramenta do alegado antissemitismo, que, na verdade, é a rejeição ao genocídio na Palestina, que aumentou a rejeição a Israel, não o anti-judaísmo”, explicou.

Rabah avalia ainda que seria preciso investigar, inclusive, se o delito não é de “falsa bandeira” para blindar Israel. “Se quiser investigar verdadeiramente este delito, que ouçam a totalidade dos agentes do Mossad [serviço secreto israelense] para saber se não é um delito de falsa bandeira cometido por quem tenha interesse em, neste momento, blindar Israel da percepção mundial do genocídio que comete na Palestina”, comentou.

país

Por meio de nota, o administração brasileiro relatou à Agência país que Lula não fez nenhuma fala preconceituosa contra judeus. “O líder nacional criticou ações do atual administração de Israel e a desproporcionalidade da reação e seu efeito sobre os civis palestinos, defendendo um cessar-chamas”, afirmou a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom-PR).

A Secom relatou ainda que o administração repudia, com veemência, o assassinato dos israelenses na noite dessa quarta-feira (21). “O administração reitera sua firme condenação ao antissemitismo, ao extremismo e a crimes de ódio como o ocorrido na capital norte-americana”, acrescentando que Lula já condenou diversas vezes os ataques terroristas do Hamas no dia 7 de outubro de 2023.

* Matéria ampliada às 12h50 com o posicionamento do administração brasileiro

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