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O Banco Central relatou nesta quinta-feira (5) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que emitiu a ordem de bloqueio das contas bancárias e ativos financeiros da deputada Carla Zambelli (PL-SP).


A ação foi autorizada na quarta-feira (4) pelo autoridade Alexandre de Moraes após a expedição do mandado de prisão da deputada, que fugiu do país semanas após ser condenada pela Corte a dez anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de tribunal (CNJ), ocorrida em 2023.
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Além das contas bancárias, Moraes solicitou o bloqueio de transferências de Pix, cartões de crédito, aplicações em fundos de aporte, previdência privada, cartas de consórcio, ouro e criptomoedas.
A prisão foi determinada após a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitar a ação ao Supremo. Para a PGR, ela fugiu do país para evitar o cumprimento da condenação.
Na terça-feira (3), em entrevista a uma rádio do interior de São Paulo, Zambelli afirmou que saiu do país para fazer um tratamento de bem-estar e que vai pedir licença do mandato.
De acordo com a assessoria da parlamentar, ela desembarcou na manhã de hoje em Roma, na Itália, após passar pelos Estados Unidos. Ela pretende ficar no país europeu por ter dupla cidadania.
Diante da fuga, Alexandre de Moraes determinou ontem a abertura de um inquérito para investigar a deputada pelos crimes coação no curso do processo e obstrução de investigação.
No entendimento de Moraes, a deputada pretende adotar o "mesmo modus operandi" utilizado pelo legislador federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para a "prática de condutas ilícitas".
O filho de Bolsonaro está nos Estados Unidos e é alvo de um inquérito pela suspeita de incitar o administração norte-americano a adotar medidas contra Moraes e outras autoridades brasileiras.
Defesa
Após Zambelli informar que saiu do país, o advogado Daniel Bialski deixou a defesa da deputada. Moraes determinou que a representação judicial da parlamentar seja feita pela Defensoria Pública da União (DPU).