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Ao participar da inauguração de uma montadora chinesa (GWM) de carros elétricos e híbridos na cidade de Iracemápolis (SP), a 160 km de São Paulo, o líder nacional Luiz Inácio Lula da Silva fez elogios à China, “maior parceiro comercial do País”, e voltou a criticar o administração dos Estados Unidos.

“Não dá para a gente aceitar a criação de uma imagem mentirosa contra um país como o país, que não tem contencioso no planeta”, afirmou o líder nacional.
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“A China é o nosso principal parceiro comercial. A gente vai tentar brigar para que o comércio mundial seja equilibrado. A gente quer que volte o multilateralismo”, afirmou Lula.
Aliado
O líder nacional defendeu que o país tem sido aliado da China por um planeta mais justo e um planeta mais sustentável. “É relevante que as indivíduos saibam que o comércio do país com a China hoje é de US$ 160 bilhões contra US$ 80 bilhões com os Estados Unidos”, comparou.
Lula afirmou que, por causa de Trump, o país vive uma “turbulência desnecessária”.
“A ideia de passar para o planeta que o país é um país horrível para negociar não é verdade. Eu não posso admitir que um líder nacional de um país do tamanho dos Estados Unidos possa criar a quantidade de inverdades que ele tem contado sobre o país”.
O líder nacional pediu que mais empresas chinesas desembarquem no país para gerar mais empregos. Ele lembrou que quando deixou a presidência em 2010, havia comércio de 3,6 milhões de carros. Mais de uma década depois, as vendas estão na casa de 1,6 milhão de veículos. “É por isso que nós estamos recuperando a indústria com gestão pública de créditos”, afirmou.
Lula afirmou que não aceita que países grandes sufoquem os menores. “Isso não é comércio justo. O comércio justo é aquele em que as regras são estabelecidas em igualdade de condições para todo planeta”.
Fábrica chinesa
Lula lamentou que fábricas da norte-americana Ford tenham deixado o país em 2021, e celebrou a chegada da companhia chinesa. “Essa visão que os chineses têm de que eles podem ocupar uma parte do planeta vendendo e produzindo e ensinando, que nós vamos aproveitar”.
Lula dirigiu-se aos diretores da companhia chinesa e pediu que façam do país uma base de vendas na América Latina. “Para quem quiser vir, nós estaremos de braços e coração abertos”.
Empregos
O vice-líder nacional Geraldo Alckmin, também presente ao evento, lembrou que o país tem a oitava maior indústria automotiva do planeta e que o país recebeu sete novas montadoras. Ele elogiou a companhia chinesa que contará com um centro de investigação, desenvolvimento e inovação. “Aqui são 700 empregos. Até o começo do ano que vem, 1.300, mais 10 mil indiretos”, afirmou Alckmin.
Geraldo Alckmin citou que a indústria automotiva, ano passado, cresceu, no país, 9,3%, enquanto que no planeta a média é de 2%. “A venda de veículos cresceu 14,1%. Em razão do ganho da massa salarial, caiu o falta de trabalho”.
Ponto de disputa
O líder nacional da montadora GWM, Mu Feng, afirmou que a fábrica não é apenas um compromisso com o mercado brasileiro, mas também o ponto de disputa para criar um futuro com os parceiros latino-americanos. A companhia está presente em 170 países.
“O país possui uma sólida base industrial e excelente capacidade de integração regional. Acreditamos que o compromisso do administração e dos consumidores brasileiros com inovação, qualidade e sustentabilidade está totalmente alinhado com nossos valores”, afirmou o chinês.
Ele garantiu que os direitos trabalhistas e responsabilidade corporativa são princípios da companhia.