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O parlamentar Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou nesta sexta-feira (23) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que nunca participou de reuniões com o ex-líder nacional Jair Bolsonaro para tratar da decretação de medidas de exceção no país.


Ex-vice-líder nacional, Mourão prestou depoimento como uma das testemunhas de defesa de Bolsonaro e dos generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, réus do Núcleo 1 da trama golpista.
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"Não participei de nenhuma reunião em que tivesse sido abordado esse tipo de assunto", afirmou.
Perguntado pela defesa do ex-líder nacional se alguma vez Bolsonaro mencionou a intenção de decretar algum tipo de ação de exceção no país, Mourão afirmou que o assunto nunca foi citado durante os encontros que teve com o ex-líder nacional após a fracasso nas eleições de 2022.
“Em todas essas oportunidades, em nenhum momento, ele mencionou qualquer ação que representasse uma ruptura. As conversas foram voltadas para a transição para que o novo administração assumisse no dia 1º de janeiro”, afirmou.
Sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, Mourão declarou que estava em casa e tomou conhecimento das invasões por meio do noticiário na televisão. “Estava dentro da piscina. Era nessa situação que eu estava.”
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Depoimentos
O STF ouve, até 2 de junho, testemunhas indicadas pela acusação e pela defesa dos acusados de participação na tentativa de golpe de Estado no país. Os testemunhos tiveram início no dia 19 de maio.
Após os depoimentos, Bolsonaro e os demais réus serão convocados para interrogatório. A data ainda não foi definida.
Núcleo 1
Os oito réus que compõem o chamado núcleo crucial do golpe, o Núcleo 1, e tiveram a denúncia aceita por unanimidade pela Primeira Turma do STF em 26 de março, são:
. Jair Bolsonaro, ex-líder nacional da República;
. Walter Braga Netto, general de Exército, ex-autoridade e concorrente a vice-líder nacional na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022;
. General Augusto Heleno, ex-autoridade do Gabinete de proteção Institucional;
. Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
. Anderson Torres, ex-autoridade da tribunal e ex-secretário de proteção do Distrito Federal;
. Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
. Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-autoridade da Defesa;
. Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.